Há muitas empresas, e dentro delas algumas já deram esse grande passo de ir para metaverso, devido ao avanço da tecnologia e do mundo digital, e tudo isso tem um motivo: as futuras gerações.
E isso não significa que de um dia para o outro as empresas precisam começar a vender NTFs, que são uma nova categoria de criptomoedas, ou dinheiro do mundo digital, mas seu público alvo do futuro pode ser que agora sejam jovens e adolescentes, que daqui a dez anos consumirão sua marca por isso a necessidade da presença nesse espaço virtual.
Então o que as empresas precisam fazer para estarem presentes nesse mundo? A Gucci por exemplo, criou um tour virtual chamado Gucci Garden, que proporcionou a vários jovens que tomassem conhecimento sobre a marca, através do contacto direto ao mundo digital utilizado por jovens. E pode ser que atualmente não estejam consumindo, devido a falta de poder de compra e independência financeira, mas o futuro está nas mãos deles, pois são os futuros compradores. As marcas estão criando experiências, o que se mostra muito mais eficaz do que o marketing antigo, como publicidades impressas.
Se hoje olharmos para o metaverso, perceberemos que a presença é maioritariamente de gamers, com uma faixa etária de menos de 18 anos, e dentro desse meio essa geração já está consumindo, eles compram “virtual-goods”, que são os produtos do metaverso, como as roupas para um avatar por exemplo. E uma vantagem no espaço virtual é que os usuários podem representar eles mesmos, ou criar personagens únicos, sem ter sua identidade revelada.
Em relação ao marketing, nos últimos dez anos com o avanço do online, ficou mais complicado atrair a atenção das pessoas, então a questão é: como conseguiremos atrair no metaverso? Hoje em dia vemos a crescente do uso de influencers que as marcas fazem, e o que podemos esperar é que os mesmos serão como donos de comunidades.
Então as marcas ficam com o desafio de como chegar a essas comunidades e criar uma experiência dentro do metaverso, dentro do jogo, por exemplo a rede Chipotle de restaurantes que fez uma importante jogada em relação a sua presença virtual, onde os participantes poderiam ser funcionários da empresa e fazer burritos no jogo ROBLOX. Se fala muito de publicar em outdoors dentro do metaverso, e é irônico que pegamos em um elemento antigo, que é o uso dos mesmos em autoestradas e transformamos isso para o “futuro”. Daniel Robbins, especialista de marketing, separa o futuro em duas partes: uma com a venda e presença de marcas e empresas vendendo seus produtos no metaverso, e outra em relação ao influencers e como eles se tornaram “a voz da confiança”, como antes confiávamos nas publicidades de televisão. Robbins acredita que o futuro dos influencers será menos sobre o número de seguidores e mais sobre a comunidade em que criaram, como os clubes atualmente já criados com entradas via NFTs. As marcas procuraram um influencer que tenha criado um grupo de pessoas com o mesmo objetivo e que tenha quase uma missão em conjunto, pois as gerações mais novas são atraídas pelas marcas que tenham uma meta ao invés de ser algo somente comercial. E isso está estreitamente ligado à geração net e aos valores éticos que essa possui, não compram só um produto compram a história.
Portanto a nova geração que ser parte de algo que irá ter um impacto na sociedade, e transparência marcas será indispensável nessa hora, pois os jovens saberão se a mesma está fazendo um papel por dinheiro, ou se realmente acredita nas causas que defende.
Estagiária INSIA – Lara de Avila